Excesso de exercício físico pode prejudicar a saúde?
Falar sobre os malefícios do excesso de exercício físico pode parecer até contraditório. Afinal, o sedentarismo é apontado como grande vilão da saúde contemporânea, ao lado da má alimentação.
Seguindo essa lógica, podemos pensar que, quanto mais atividade física, melhor, certo? Errado. Assim como certos alimentos saudáveis, que quando consumidos em excesso podem fazer mal, se exercitar demais também pode ser prejudicial à saúde.
Nesse artigo explicarei quais são os limites saudáveis para a prática de atividades físicas e os possíveis “efeitos colaterais” do excesso de exercício físico. Será que você anda malhando demais? Continue lendo para saber.
O que pode ser considerado excesso de exercício físico
Antes de abordar o que pode ser considerado excesso de exercício físico, vejamos os limites mínimos que a Organização Mundial da Saúde recomenda para a prática de atividades físicas:
De acordo com a OMS, adultos de 18 a 64 anos devem fazer no mínimo 150 minutos de atividades físicas aeróbicas moderadas por semana ou 75 minutos de atividades de alta intensidade.
Atividades aeróbicas devem ser praticadas em sessões com, no mínimo, 10 minutos de duração.
Para obter benefícios adicionais, pode-se aumentar a prática de atividades moderadas para 300 minutos semanais ou 150 minutos de atividades aeróbicas de alta intensidade.
Atividades que promovam o fortalecimento muscular devem ser praticadas 2 ou mais vezes por semana.
Lembrando que a prática regular de atividade física diminui o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão arterial e obesidade, entre outros benefícios físicos e psicológicos.
Quanto aos limites máximos recomendados quando o assunto é exercício físico, ainda não existe um consenso, mas estudos recentes indicam que não se deve praticar mais de 5 horas de atividade intensa/vigorosa por semana.
O descanso adequado após a realização de atividades físicas também é fundamental para que o corpo se recupere, evitando consequências negativas.
Além disso, tal limite varia de pessoa a pessoa, pois depende de fatores como idade, aptidão física, histórico de doenças, estado geral de saúde, entre outros.